Quem Somos

Como surgiu a Obstare Recife?

Na minha graduação em medicina me deparei com o tema quando ainda estudante do segundo período do curso médico paguei uma disciplina chamada construção do conhecimento. Esta disciplina tinha o propósito de fazer com que discutíssemos algum tema vivendo uma realidade prática. O meu tema foi justamente a humanização do parto! Por ironia do destino a pratica que vivenciei foi uma cesariana fordista cheia de protocolos a serem seguidos que separaram o bebê da mãe e o tempo todo ele gritava, chorava desesperadamente. Após os cuidados dados ao recém-nascido ele foi trazido de volta pra perto da mãe ainda chorando! Foi aquele momento que me fez ver o laço de amor entre mãe e filho! Ao ser encostado no rosto da mãe ele parou de chorar imediatamente! Achei aquilo mágico e me apaixonei! Durante a faculdade gostava de tudo, mas a saúde coletiva particularmente me enchia os olhos e pensava em fazer residência médica em Medicina de Família e Comunidade, todavia a Obstetrícia me comprou quando fiz um concurso pra ser monitor da disciplina! Ai começa minha estória de amor com a minha especialidade! Tive ótimas referências, Dr Elias, Dr Lippo, Dr Mauro, etc. Por isso decidi fazer minha residência médica em ginecologia e Obstetrícia no Hospital que me formou: o hospital das clínicas da UFPE.

Durante a residência a magia do parto me contaminou! Ver as mulheres passando por aquele processo intenso, desafiador e extremamente transformador me fez me apaixonar ainda mais pela especialidade.

Quando terminei minha residência médica em ginecologia e obstetrícia fui convidado pelo meu chefe na ocasião, o renomado Dr Petrus Câmara, para assumir a suas pacientes obstétricas do consultório privado porque estaria querendo se voltar unicamente para a ginecologia.

Iniciei minha vida no consultório privado e aos poucos fui me deparando com o cenário local da nossa obstetrícia: Altas taxas de cesarianas e poucos obstetras prestando assistência a partos normais. Vivi um dilema ético em ver que existia um mar de mulheres desinformadas e usuárias de planos de saúde desejando uma cesariana e aquelas poucas que queriam parir normal mas com uma péssima remuneração dos planos e seguros de saúde.

Comecei a prestar assistência a partos e graças a publicidade virtual das minhas primeiras pacientes vi meu consultório encher rapidamente. Comecei a perceber o quanto nosso modelo obstétrico é falido. Não somente por ser cesarista mas também por ser centrado na pessoa do médico. A paciente gosta de TER O SEU MÉDICO! Em nenhum país do mundo é assim! Mas infelizmente enquanto na rede privada ainda não constrói um modelo baseado em escalas de plantão e protocolos de assistência baseado em evidencias me coloquei a exercer uma obstetrícia verdadeira prestando assistência a partos normais! Depois de algum tempo de consultório, a vida voltou a me pregar uma peça! Aí é que entra Viviane Medeiros, a Dra Vivi! Grande amiga desde a época de cursinho mas que pelas peripécias de vida não fizemos faculdade nem residência juntos mas a nossa especialidade permitiu esse reencontro.

Nossas vidas profissionais tiveram pontos de partida diferentes, viemos de escolas diferentes, mas dentro da gente florescia algo muito além da mesma paixão pela especialidade. O encantamento pelo universo do parto, pelo real protagonismo da mulher no processo de gestar e parir e o respeito ao nascer foram nos unindo na vida profissional atual. Além do incômodo constante que sentimos em relação à realidade atual da assistência obstétrica no nosso país e a nossa vontade de mudá-la, por ir de encontro às evidências científicas atuais(…) o desejo de ESTAR AO LADO da mulher ante esse processo de descobertas e transformação nos motivou a criar a OBSTARE RECIFE (o verbo “obstare”- que significa “estar ao lado”- deriva da palavra latina “obstetrix”, de onde surgiu o nome da nossa especialidade)

Assim nasceu a Obstare Recife, com sentimentos verdadeiros, com amor pela especialidade e pelo respeito com a saúde da mulher!

Obstare na Mídia

Entrevista Diario de Pernambuco.

Entrevista ALEPE.