O que você precisa saber sobre gravidez?
Informações mais relevantes sobre os 3 trimestres da gravidez.
Você está oficialmente grávida! E agora seu corpo vai começar as mudanças para receber o ser humaninho que está por vir.
Quase um dia após a fertilização, os núcleos do espermatozóide e do óvulos de fundem, e começam a se dividir, dando o primeiro passo para a formação do embrião. Enquanto a divisão vai acontecendo e evoluindo, ele começa a descer para fixar-se na parede do útero, e quando já está com cerca de 200 células, o embrião se liberta de sua cápsula protetora e fixa-se na parede uterina.
Na 4ª semana ele já está fixo na parede uterina, e agora começam a se formar o tubo neural na camada da ectoderme e do sistema cardiovascular, que em breve se tornarão o cérebro e a coluna do bebê.
Ao decorrer destes três primeiros meses, o ser humaninho dentro da sua barriga já vai ter iniciado a formar sua própria corrente sanguínea e os principais órgãos, como o coração, cérebro, fígado, pulmões, intestino e rins, que já estarão em pleno funcionamento com exceção dos pulmões. É nessa fase também que se formam os ovários ou os testículos do bebê, e as mãos e pés já ganham definição, assim como olhos e nariz.
Nessa fase o crescimento do bebê é ainda mais acelerado. Ele vai começar a acumular gordura e os órgãos irão continuar seu processo de amadurecimento para preparar o ser humaninho para a vida fora da barriga. Aqui seu rostinho estará já tão bem definido que pouco mudará até o nascimento, e o cérebro continuará crescendo. Novas funções motoras surgirão, e é comum que você comece a sentir o bebê se movimentar dentro do útero, de forma suave no início, mas ao fim do trimestre de forma bem mais intensa.
Seu pulmão também continua a evoluir, se preparando para a vida fora da barriga, com o bebê inalando o líquido amniótico para praticar a respiração.
Pequenos pelos começam a crescer na pele do bebê, chamados de lanugem, e protegem a pele do contato direto e contínuo com o líquido amniótico. Neste período o bebê começa a desenvolver sua própria programação de sono, independente de sua mãe, onde acorda e descansa como um recém-nascido.
Os sentidos começam a se desenvolver, e com os ossos do ouvido interno endurecendo, já é possível para o bebê ouvir quando os pais falam com ele dentro da barriga. O bebê também começa a reconhecer a voz da mamãe, assim como os sons que ela emite ao respirar, ao se movimentar e de batimentos cardíacos.
Após a 24ª semana o bebê já é considerado viável e pode ser capaz de sobreviver fora do ambiente uterino por meio de uma unidade de cuidado intensivo neonatal.
Chegamos na etapa final da gravidez, e os órgãos continuam a crescer, fazendo com que o corpo e a cabeça do seu bebê passem a ser proporcionais. Os sentidos dele também melhoram, ficando agora sensível a luz, sons, gostos e até cheiros!
Pelo pouco espaço que o bebê tem dentro do útero, ele irá se movimentar para ganhar um pouco de espaço e permanecerá normalmente com suas perninhas encolhidas, pressionando a pélvis da mãe, ficando inclusive de cabeça para baixo.
A íris começa a ganhar cor, mas ainda não é a definitiva, já que ele ainda não tem contato direto com a luz, importante para a definição da coloração.
Para facilitar na hora do parto, o crânio não está completamente sólido. Por conta disso, é possível que a cabeça do bebê se alongue após nascer, voltando logo ao normal. Além dos ossos do crânio, o bebê terá quase 270 ossos ao nascer, que irão diminuir em quantidade já que alguns se fundem até chegar aos 206 da vida adulta.
Após a 37ª semana o seu bebê já está preparado para vir ao mundo, pronto para passar pelas próximas etapas da vida fora do útero da mamãe, e agora você já deve estar contando os dias para vê-lo.
5 Mitos sobre parto humanizado
Parto normal, natural, humanizado. Qual a diferença?
Algumas palavras são bem parecidas, mas o significado é diferente. Entenda a diferença entre parto normal, natural e humanizado:
Normal - É sinônimo de parto vaginal.
Natural - Sem intervenções, como por exemplo: anestesia, fórceps, indução, episiotomia, manobras na barriga, entre outras.
Humanizado - O parto que possui as seguintes características:
1- Respeito pelas decisões da mulher, fortalecendo o seu protagonismo;
2- As intervenções médicas só ocorrem se forem imprescindíveis e embasadas nas atuais evidências científicas;
3- Acompanhamento interdisciplinar entre os diversos atores do processo de gestar e parir (doulas, fisioterapeutas, enfermeiros, educadores físicos, obstetras, neonatologistas, anestesistas, nutricionistas e todos aqueles que a mulher necessitar ou desejar).
Mulher sem passagem
Qual a buchudinha que nunca ouviu essas frases:
- Se não tiver passagem, não tente parto normal, melhor fazer cesárea!
- O médico já viu se você tem passagem?
Essa preocupação com a passagem do bebê pelo canal de parto ainda é um grande mito. Muitas mulheres contam suas experiências de parto afirmando que tentaram, mas não conseguiram! Dizem que foi porque não tiveram passagem suficiente para o bebê nascer, ou o bebê era muito grande e a mulher não tinha condições de parir porque sua bacia era estreita demais ou a parturiente era magra demais. Com certeza você conhece alguma amiga ou familiar que já teve uma experiência assim.
Esse diagnóstico muitas vezes é dado antes mesmo da gestante entrar em trabalho de parto. Geralmente, pela ultrassonografia, a futura mamãe é aterrorizada com o peso estimado do bebê. Ou mesmo no momento do parto, não se espera a dilatação necessária e a descida do bebê. Mesmo no caso de mulheres pequenas, que possuem uma pelve estreita, existem movimentos e posições que auxiliam a abertura da pelve e a descida do bebê. A parturiente deve ficar a vontade e livre para se movimentar, porque isso ajuda no alargamento da bacia para a passagem do bebê. Deve-se esperar que o parto evolua naturalmente, com calma e bastante paciência.
Mas, existem duas situações em que realmente pode acontecer uma desproporção céfalo-pélvica, ou seja, quando a cabeça do bebê não consegue passar pela pelve da mãe. A primeira chamada de desproporção céfalo-pélvica relativa que ocorre quando o bebê se acomodou de um modo errado que dificulta a sua passagem, porém a mamãe tinha uma pelve com espaço suficiente. Nessa caso, o diagnóstico é feito durante o trabalho de parto e existem técnicas que podem ajudar o bebê a se acomodar corretamente e o parto normal pode fluir tranquilamente. A segunda situação é a desproporção céfalo-pélvica absoluta que consiste na incompatibilidade do tamanho do bebê com a bacia da mulher, mas isso pode acontecer com alguns bebês muito grandes quando a mãe é diabética, ou quando o bebê possui algum problema de saúde, como a hidrocefalia, por exemplo. Nesses casos, a cesárea seria necessária.
É importante reforçar que essas situações são minoria e o diagnóstico é feito somente durante o trabalho de parto. Não caia no conto do vigário de não ter passagem antes de entrar em trabalho de parto!
Então futura mamãe, não tenha medo se seu bebê apareceu acima do peso na ultrassom, lembre-se que é só uma estimativa e que seu corpo é perfeito para parir, relaxe e deixe a natureza seguir seu curso.
Gostou de mais um mito desvendado?
Cordão umbilical enrolado no pescoço é motivo para cesárea?
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Mito Lorem Ipsum
Cordão umbilical enrolado no pescoço é motivo para cesárea? Não! Cerca de 20% a 40% dos bebês nascem com circulares cervicais. E mais ou menos 60% dos fetos têm uma circular cervical presente em algum momento da gravidez. Como o cordão é longo e com o movimento constante do bebê, ele pode se enrolar várias vezes durante a gestação e se desenrolar também. O bebê interage com o cordão, eles seguram, mexem, passam por dentro, etc. É a distração deles nesse pequeno espaço quentinho e escuro. Antigamente as circulares de cordão só eram descobertas na hora do nascimento, hoje com a tecnologia, por meio da ultrassonografia, pode-se ter o conhecimento prévio levando muitas mulheres a uma cesárea desnecessária.
Mas, e durante o trabalho de parto, não é perigoso? Durante o trabalho de parto a contração empurra o bebê pelo canal de parto e junto com ele vem o cordão. O cordão não é ‘esticado’ durante o parto.
Vamos te explicar rapidamente como é a estrutura do cordão umbilical. Ele possui duas artérias e uma veia que são protegidos por uma ‘gelatina’. Ela tem a função de proteger esses vasos contra compressão e ruptura. A natureza é perfeita!
Por fim, não há evidências que relacionam complicações perinatais com a existência de circular de cordão. Então, só esse fato isolado não é indicação absoluta de cesárea.
Mito Lorem Ipsum
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Obstarequês
Apojadura
É a descida do leite. Em caso de parto normal, a descida do leite materno pode levar de 48 a 72 horas, na cesárea pode demorar mais um pouco.
Círculo de fogo
Sensação de queimação no períneo. Essa sensação ocorre à medida em que a vagina se alarga durante o coroamento do bebê, quando a cabeça emerge através da vagina. O incômodo é breve e, e acontece porque o períneo se torna tão esticado que os nervos na área são bloqueados.
Puxo
É uma das fases do parto onde, com o colo uterino dilatado, a gestante sente uma pressão maior no períneo e a necessidade de empurrar como se fosse evacuar.
Mecônico
Primeiro conteúdo intestinal do bebê.
Pélvico e Cefálico
Termo utilizado quando o bebê está sentado dentro do útero. O contrário do pélvico é cefálico, ou seja, de cabeça para baixo.
DPP
DPP significa data provável do parto.
Pródromos
Falso trabalho de parto, sintomas que antecedem o trabalho de parto efetivo.
Períneo
Região entre a vagina e o ânus.
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